terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Educação Especial no Brasil e no mundo - um Sobrevôo

O homem, na procura do atendimento às suas necessidades básicas, vai construindo sua existência, a qual se dá, sempre, a partir da interrelação entre si, mediado pelo mundo de idéias, num determinado momento e local. É nesta busca, como afirma Marx (1977), que se estabelecem as relações que são determinadas, independentemente da sua vontade. São as relações de produção correspondentes a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais.

As colocações desse autor, como salienta Bianchetti (sem data), alertam para o fato de que, embora saibamos que a sociedade civil foi e é a mola mestra da atuação com a Educação Especial, torna-se necessário que tentemos fazer uma análise não moralizadora da história da Educação Especial, com vilões e heróis e muito menos procurando entender o movimento da história em decorrência de voluntarismos e subjetivismos soltos. É claro que protagonistas e dificuldades se apresentam nesta trajetória. No entanto, na medida das nossas possibilidades, procuramos contextualizar as questões, ou seja, temos a clareza de que cada ação é reflexo, também, da conjuntura em que a pessoa ou grupo está inserido.

Nessa perspectiva, entederemos a forma de as sociedades primitivas tratarem os Pnee, tendo em vista que o atendimento às necessidades na dependência da natureza, como a caça, pesca, abrigos etc., uma das características desses povos, era o nomadismo. É natural, utilizando a lente deles, que o fato de alguém portar algum tipo de deficiência, seja ela congênita ou adquirida, dificultava sua locomoção. Por exemplo, colaborar com o grupo na luta pela sobrevivência fazia dele um estorvo. Consequentemente, eram abandonados sem que com isso lhes pesasse o sentimento de culpa. Até nos dias atuais, há o matricídio de crianças deficientes em várias culturas, inclusive no Brasil, entre várias tribos. E por mais grotesco que possa nos parecer, quando nascem gêmeos, um é sacrificado, independentemente de ter ou não alguma anomalia. Não há uma busca pelas causas. Há apenas um tipo de seleção; os mais fortes sobrevivem. E este é um aspecto que se repercute nas mais diversas situações de sobrevivência também do homem dos nossos tempos, diferenciando-se apenas na forma em que se apresenta, sempre de acordo com os valores de cada sociedade, de cada pessoa, de cada época.

É com o advento do trabalho escravo, passando este a trabalhar para sustentar os seus senhores, que a situação começa a mudar. Surgem a todo o vapor os corpos teóricos, os paradigmas, modelos que vão atravessar os séculos. 

No decorrer da caminhada histórica, temos percebido que as sociedades têm-se desenvolvido de forma diferenciada. Naturalmente, em consequência, os valores culturais e as relações que a permeiam são distintos. As que obtiveram um um desenvolvimento tecnológico correspondente às exigências do momento apresentam-se em destaque; as que por algum motivo não conseguiram são percebidas como deficientes, de modo particular, no que se refere à questão educacional, ao ter como parâmetro as sociedades tecnologicamente mais desenvolvidas. Segundo a História, à medida que uma sociedade é menos desenvolvida, menores são os investimentos sociais para a educação.

Em decorrência desse e de vários outros fatores, o direito à educação e as vias para concretizá-lo, embora, às vezes, pareçam ser diferentes, ainda têm sido considerados subalternos pelo poder constituído e pela sociedade, o que se torna gritante no que se refere ao deficiente, cuja classificação como tal corresponde a diferentes critérios.

Segundo Fonseca (1987), a distinção se dá a partir do amadurecimento humano e cultural de cada povo, o qual, de forma "discreta", vai afastando, excluindo da comunidade aqueles que podem, de alguma forma, perturbar o andamento regular das suas atividades, a idealizada ordem social, chamando atenção para o fato de que através dos tempos nas diversas concepções, desde a seleção natural para além da seleção biológica dos espartanos, os quais eliminavam as crianças mal formadas ou deficientes, as crenças sempre foram determinantes. Como nos afirma Lucído Bianchetti. (s.d.),

[...] Se, ao nascer, a criança apresentasse alguma deficiência, era eliminada. Praticava-se uma eugenia radical, na fonte. A eliminação se dava porque a criança se encaixava no 'leito precusto' dos espartanos, passando pelo conformismo piedoso do cristianismo, onde o paradigma ateniense por ter [...] a preferência pela agitada vida da polis, a retórica, a boa argumentação, a filosofia, a contemplação, vão fazer com que, principalmente através da obra de Platão, se abra um interstício, uma fresta, uma fenda entre o corpo e a mente, através da qual vai soprar um vento frio pelo resto da história do mundo ocidental cristão. A divisão, no nível macro, da sociedade ateniense, entre os livres e os escravos, vai ser o protótipo para a divisão no nível micro: a mente (os livres) cabe a parte digna, superior, encarregada de mandar, governar, o corpo (o escravo) degradado, conspirador, empecilho da mente, cabe a missão de executar as tarefas degradadas e degradantes. 
Como afirmam os estudiosos, vai ser assumido, cristianizado e levado ao paroxismo pelo judaísmo-cristão, haja vista que os gregos circunscreveram-se ao campo cristão da filosofia, enquanto que na Idade Média esse modelo é assumido no âmbito da teologia, trazendo grandes repercussões, a partir até da terminologia. Deixa de existir a dicotomia corpo/mente e surge corpo/alma. O portador de alguma anomalia deixa de ser morto ao nascer, embora o poder da Igreja Católica na Idade Média (séculos V e XV) tenha mudado ligeiramente o panorama, e até a segregação e marginalização operada pelos exorcistas e conjuradores da Idade Média, a deficiência andou sempre ligada a crenças sobrenaturais, demoníacas e supersticiosas. Isto porque mesmo se, como já dissemos, a Idade Média, ao avançar, vai mudando as concepções anteriores, a história ainda está imbuída de outros conceitos que atrelavam a ideia de deficiência com o pecado, eram as representações daquele momento. Em tempos mais distantes, por exemplo, dos vários milagres de cura etc. feitos por Jesus, quase um terço está relacionado à cura dos surdos, mudos, cegos, gagos, paraplégicos e outros a possessões. 

E por interpretações as mais diversas possíveis, essas concepções nos levam a compreender os horrores da segregação e da estigmatização, principalmente de milhares de pessoas que foram eliminadas através da fogueira de inquisição. Processo que almejamos seja entendido enquanto fenômeno histórico e geograficamente localizado, como nos advertem Lucídio Bianchetti e outros autores. Se assim não o fizermos, estaremos nos cedendo a julgamentos morais e moralizadores, os quais, ao nosso entender, não passam de um estreitamento da visão intelectual. 

Enfim, nos séculos XVI e XVII, a mitologia, o espiritismo e a bruxaria dominaram a visão da deficiência, de onde surgiram julgamentos morais, perseguições, encerramentos etc; em suma, meios que demonstravam claramente os valores da ordem social e de controle social da época. 

À medida que vai aumentando o predomínio pela produção voltada para o mercado, a possibilidade de acumular e de não viver apenas pela subsistência, o avanço da ciência e tecnologia etc., garantem de forma gradativa o domínio do homem sobre a natureza, dando este, em passos firmes, condições para sair do reino das necessidades para o reino da liberdade. 

À proporção que o homem vai superando seus limites, buscando novos mercados, as navegações etc vão surgindo paralelamente as justificativas para a hegemonia burguesa. E no lugar do teocentrismo vai se instalando o antropocentrismo. 

Em seguida, vem a revolução Francesa e os seus cinco pilares do liberalismo: individualismo, liberdade, propriedade, democracia e igualdade. Esta última deve ser ressaltada porque é ela que traz as repercussões mais interessantes ao analisarmos a Educação Especial neste momento. 

Com a produção em série, o deficiente passa a ser utilizado nos trabalhos repetitivos, onde, por determinada deficiência, ele tinha mais eficiência que os ditos normais; o surdo em lugares com barulho insuportáveis etc., assegurando um resultado mais eficiente e menos dispendioso para os industriais, os quais entendiam que, pelo fato de a pessoa deixar de ter um órgão, sentidos, membros etc., não era digna de receber um salário correspondente as atividades, embora os resultados demonstrados por ele fossem melhores do que se executados por outros. Ou seja, o princípio de igualdade cai por terra, não passando de um formalismo. 

É só a partir do século XVIII que se começa a educar os deficientes, procurando torná-los preparados para exercerem algumas atividades. 

No entanto, no Brasil, as idéias que pudessem vir sustentar essas preocupações só aparecem na segunda metade do século XIX. 

Por volta de 1870, o Brasil é invadido por algumas teorias como o Positivismo, o Evolucionismo, o Darwinismo, que, segundo Schwarcz (1997), penetram o nosso cenário de forma simultânea, trazendo consigo as doutrinas raciais que imperaram nesse século. Estas doutrinas tratavam da diferença, desigualdade, incapacidade ou outras denominações que possam ser introduzidas neste contexto, haja vista as denominações sobre a deficiência terem mudado, no decorrer do tempo, para atender às expectativas sociais de cada época. Mas, segundo nossa análise, muito pouco elas significam em benefício do indivíduo. Essas teorias foram de grande importância e mobilizaram vários teóricos dos séculos XIX e XX, e as demais concepções que emergiram após tais formas raciais procuraram difundir idéias a partir de teorias científicas validadas na época que, sempre por trás de outros interesses, afirmavam que pela raça ou pela forma craniana de um indivíduo poderia se saber se ele era mais capaz ou menos capaz que outro. 

Nesse sentido é importante registrar que um pensador sergipano se colocou muito atento em seu tempo, questionando essas opiniões. Manuel Bonfim, já no início do século XX, chamava-nos a atenção em sua obra “A América Latina” para os rótulos que as sociedades vêm atribuindo àqueles que de alguma forma podem ser explorados, marginalizados. No que se refere à capacidade ou não de um indivíduo ou grupo, esse autor foi radical em suas convicções. Outro aspecto fundamental e de relevância desse sergipano é que ele esteve diferentemente de alguns dos seus contemporâneos no tocante à capacidade de perceber as questões fundamentais que se deram à sua volta e de captar com veemência as evidências da história. 

São muitas as contribuições desse autor e extraordinária a sua capacidade de indignação e esperança, vendo na educação a “tábua da salvação” daquele momento, o caminho para solucionar os problemas do Brasil. 

Já no início do século XX, ele discordava de alguns dos seus contemporâneos no que tange, por exemplo, ao pressuposto de que o branqueamento era o meio de melhorar a capacidade cultural do nosso povo. Percebe-se que sua visão era muito avançada; tinha a compreensão de que o parasitismo social, utilizando seus termos, não ocasionava modificações orgânicas como o parasitismo biológico. 

Era ingênuo acreditar que fossem somente as influências hereditárias recebidas de um determinado povo que influenciassem sobre maneira no caráter de uma determinada população. Durante um longo período, o negro e o índio foram vistos como seres incapazes, mas para Bomfim, também a passividade e ignorância desses povos eram provenientes das condições sociais à qual pertenciam. Ele dizia: 

(...) pensem nas míseras condições desses desgraçados, que jovens, ainda ignorantes, de inteligência embrionária, são arrancados do seu meio natural e transportados a granel, nos porões infectos, transportados entre ferros e açoites, a um outro mundo, à escravidão desumana e implacável (...) se, hoje, depois de trezentos anos de cativeiro (do cativeiro que aqui existia!), estes homens não são verdadeiros monstros sociais e intelectuais é porque possuíam virtudes notáveis (BOMFIM, 1993, p. 238). 

Para o autor, a questão da capacidade não estava presa exclusivamente às raças; percebe os defeitos de cada povo como provenientes da falta de educação social. Acreditava que todo homem, fosse ele de qualquer raça, ao receber ensinamentos para o trabalho que denotassem realizações maiores a serem adquiridas por meio de si mesmo, em seu próprio benefício ao trabalho para si, ele 

(...) aceitará, crescerá e produzirá.
A inferioridade das raças é um instrumento de poder, um instrumento da exploração capitalista.
É de todos os tempos: que o homem possuindo a força e o poder, não pense em outra coisa senão em dele se servir para obrigar os outros a trabalhar, e para arrancar-lhes os frutos desse trabalho (BOMFIM, 1993, p. 243). 

É diante dessas e de outras convicções que esse autor aponta a educação, a instrução, como forma de superar os instintos, os estigmas, e do indivíduo, seja ele branco ou negro, índio ou mulato, europeu ou latino-americano, crescer, produzir, desenvolver-se nos vários aspectos que formam o homem. Ou seja, para Bomfim, a educação era mediadora do processo de amadurecimento do indivíduo. 

Por esses relatos vemos que, se de uma forma geral o cidadão tem sido ao longo do tempo marginalizado por conta de questões regionais, raça, cultura, tendo suas funções biológicas de acordo com o estabelecido como normal, imaginemos como têm sido tratados, ao longo dessa mesma história, aqueles que por motivos os mais diferenciados possíveis, têm algum comprometimento físico, sensorial e principalmente intelectual. 

Cada época produz suas patologias. Como sabemos, houve a peste e a cólera e, mais próximas de nós, a tuberculose e a sífilis. Todavia, o impacto do desenvolvimento da ciência nas doenças e nas neuroses continua. Se os antibióticos deram conta dessas doenças; se foram descobertas vacinas que extinguiram muitas epidemias, outras doenças, porém, têm aparecido, fazendo, se é que podemos ousar a dizer, fracassar o saber médico, tal como a AIDS, que ainda nos lembra os limites da medicina e o triunfo derradeiro da misteriosa morte, embora a sífilis, entre outras doenças, tenha sido por muito tempo um flagelo maior que a AIDS. 

Por outro lado, a medicina que não pára de nos surpreender; que nos leva a crer que possui um saber quase total sobre o corpo; que a matéria viva tem externado seus segredos; que o corpo ao ser decifrado tornou-se transparente, sem mistérios, e como diz Cordié (1996), que com essa leitura médica todo distúrbio não detectado pelos meios habituais de pesquisa, sejam estes biológicos, radiológicos ou outros,torna-se suspeito. Se não se vê nada, é porque não existe nada: nem doença, nem doente. Ou seja, quando o médico não consegue perceber o que está se passando com o paciente, diz que este não tem nada, o que subtende que sua queixa seja simplesmente imaginária, histérica, algo aparentemente simulado. 

O saber médico, cada vez mais complexo e tecnicizado, tem procurado progredir. Surgiu uma nova patologia que se situa mais na vertente somática. Atualmente, muitos pacientes têm danos somáticos graves com lesões de órgãos, doenças passíveis, contudo, de acordo com a nossa compreensão, de cura. No bojo dessas questões emergentes, tem tomado o peso de patologia, segundo Cordié (1996), surgiu com a instauração da escolaridade obrigatória no fim do século XIX e tomou um lugar considerável na preocupação dos estudiosos, em conseqüência de uma mudança radical da sociedade. 

No contexto atual, podemos dizer que o fracasso escolar se tornou sinônimo de fracasso de vida. Sendo assim, o fracasso, opondo-se a sucesso, implica um julgamento de valor: ser capaz ou incapacitado. Voltamos assim as inquietações de Bomfim e quase que o ouvimos dizer aqui que o valor em si é função de um ideal, eu um indivíduo persegue no decorrer da vida e amadurece nessa busca. Que os ideais são em sua essência, aqueles de seu meio cultural e de sua família e ela mesma, marcada pelos valores da sociedade à qual pertencem. 

Entendemos que esses ideais variam de uma cultura para outra; ou seja, o que é valorizado em um certo meio pode ser depreciado em outro, o que leva um indivíduo ou grupo social a marginalizar outro. 

A marginalização dos PNEE, caracterizada na quase ausência de atendimento de qualidade na sociedade, é uma ação que reflete uma atitude de descrença nas possibilidades de mudança da situação da pessoa; um consenso social pessimista, fundamentado essencialmente na idéia de que a condição de incapacidade é uma condição imutável e leva a completa omissão da sociedade em relação à organização de serviços para atender às necessidades específicas dessa população. 

Nesse sentido, são de extrema relevância os trabalhos educacionais de teóricos como: João Amós Comênio que, no seu “Tratado da Arte Universal de Ensinar a Todos”, faz uma abordagem da questão da Filosofia, no campo da intencionalidade, já que metodologicamente esta questão só vai ser melhor resolvida quatro séculos após, através dos profundos estudos de como se aprende. 

Pestalozzi, que dedicou sua vida ao cuidado e educação das crianças pobres; Froebel, ao cuidado das crianças, criador dos Jardins de Infância; Fénelon, que vai se preocupar com a educação das moças, assunto que até o século XIX não havia trazido à tona nenhuma atenção; no século XX, temos Piaget, Vygotsky, ambos voltados para questões relacionadas a como se dá a aprendizagem e ao desenvolvimento de teorias; Freinet, preocupado com as crianças da zona rural e com o sindicalismo; Paulo Freire, dando uma atenção inestimável à alfabetização de adultos etc. 

Entretanto, é imersa nestas grandes preocupações com as especificidades que deram suporte à pedagogia da “existência”, que emerge a preocupação com com os PNEE, que ficavam segregados, excluídos. Fatalmente, a preocupação com a especificidade desses percorreu uma estrada cheia de obstáculos. 

Retornando à nossa visão panorâmica na história mais amplamente, percebemos que somente no século XX é que se iniciam nos vários países, de forma mais acentuada, os estudos científicos das deficiências, os quais têm-se direcionado, de modo particular, à deficiência mental, destacando-se E. Seguim, criador da teoria psicogenética. Sua pretensão era chegar a um método não só aplicável aos idiotas, como se falava na época, mas a qualquer deficiência mental, manifestada em três vias que se completam, apontando grandes benefícios aos deficientes, como a possibilidade e a necessidade de prevenção; a educabilidade do deficiente e a integração do deficiente como meio e fim. 

É a partir dessa e de outras contribuições que a antecederam ou sucederam, de modo particular, pelo sentimento de insegurança, desejo de dividir ou repassar o fardo ou pelo amor da família etc., que surgem as possibilidades de lutar pela integração do deficiente na escola e na sociedade.

A Professora Drª Rita de Cássia Santos Souza é estudiosa e pesquisadora na área da Educação Especial e Inclusiva  e tem dado relevante contribuição social neta área, com produções  impressas  e digitais para maior acessibilidade

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

LIMITANDO A ACESSIBILIDADE!

A tecnologia foi modernizando os equipamentos e estruturas utilizadas pela sociedade, mas mesmo assim é cada vez mais difícil para as pessoas, com problemas de alguma deficiência, a vida no dia a dia. Tudo é feito para atender as pessoas que não tenham alguma deficiência. Entre as causas que dificultam, a vida das pessoas com algum tipo de deficiência, podemos citar: valorização do transporte individual, falta de respeito as normas de acessibilidade e também o avanço da tecnologia na área de informática.


Valorização do transporte individual
Se observarmos os projetos e construções das novas vias para tráfego de veículos se nota que são construídas com o intuito de facilitar a vida de quem em carro. O CNT (Código Nacional de Trânsito) prevê que a prioridade é o pedestre e o que se vê no dia a dia é que se dá prioridade aos carros. Basta notarmos que tudo é feito para os carros passarem o mais rápido possível e para os pedestre estão construindo passarelas. O problema é que essas passarelas dificultam a vida dos idosos e pessoas com algum tipo de deficiência e isso é feito na impossibilidade de fazer os motoristas respeitarem as faixas de pedestres.

Esse parte da Avenida Tancredo Neves (Aracaju-SE-Brasil) fica bem em frente ao departamento de transito (DETRAN) e fico imaginando neste local não se conseguia e nem se consegue fazer com que os motoristas respeite a faixa de pedestres que aí existia. Por isso se construiu uma passarela(a foto foi retirada o fotografo estando na passarela).

Falta de respeito às normas de acessibilidade
Na construção dos novos edifícios, praças e ruas é obrigatório, por lei, se criar rampas para dar acesso aos cadeirantes. Mas o que se vê é que mesmo as construções mais novas nem sempre respeitam a construção de rampas e ainda tem o caso daquele hábito dos brasileiros não respeitarem os locais onde existem essas rampas. Mesmo quando existe, é comum os motoristas estacionarem em frente a essas rampas e sem falar que muitas dessas rampas são mal construídas que dificultam o uso

É muito comum o estacionarem impedindo o acesso as rampas

Três exemplos de falta de cumprimentos das normas na construção das rampas para acesso dos cadeirantes. A primeira rampa construída a beira de uma ribanceira, a outra rampa foi construída com um poste de ferro o que a tornou inacessível e o terceiro exemplo tem uma inclinação acentuada acima do normal!!!

Avanço da tenologia na área da comunicação
Desde o surgimento dos telefones os deficientes visuais sempre conseguiram utilizar esses aparelhos pelo tato. Os telefones mais antigos de linha, para se fazer a ligação, tinham um disco na parte superior no qual rodando se ligava (discava) para outro aparelho. Os deficientes visuais conseguiam fazer as ligações facilmente já que os número no disco eram sequências e fixos.

Depois vieram os computadores de mesa e telefones portáteis (celulares) no qual é utilizado um teclado com letras e números. Esses telefones permitem fazer ligação oral ou escrita (envio de mensagens). Não fica tão difícil para os deficientes visuais fazerem ligações, bastando que o mesmo decorarem as posições das letras e números no teclado.

Só que com a modernização dos computadores e fabricação dos novos aparelhos utilizando monitores, que são acionados com toques digitais, a coisa se complicou para esse deficientes. Para complicar ainda mais, os programas que gerenciam esses aparelhos ainda não são detectados pelos antigos programas de leitura de tela e que terão de melhorar a tecnologia para que isso ocorra. Por enquanto, de uma maneira geral, só a grande maioria dos aparelhos telefônicos, tablets e alguns caixas de banco estão vindo com o sistema de operação por toque digital. O problema é que cada vez mais os aparelhos de comunicação estão sendo vendidos com essa telas de toque, com teclado digital, substituindo os aparelhos com teclados físicos que facilitam o uso pelo tato.

Essa tecnologia, que facilita o uso do aparelho por toque digital, torna difícil para uso, deste aparelhos, por parte dos deficientes visuais. Tem o problema de quando não forem mais vendidos aparelhos com teclados físicos e detectáveis pelo tato? 

Algumas versões do sistema l já traz recursos para que o mesmo seja operacionalizado pelo toque usando o recurso de voz, mas a dificuldade ainda são grandes e limitadoras. Claro que irão aparecer programas que irão preencher esta lacuna, mas é bom lembrar que serão pagos e o ideal seria a própria empresa que produz, esses aparelhos, se propusesse a fazer o sistema pensando em resolver este problema. Tanto é que os sistemas operacionais dos computadores de mesa e os chamados portáteis têm de instalar programas adicionais para que os deficientes visuais consigam utilizá-los e a grande maioria são pagos!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)

Texto relacionado: A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL!

Publicado (replicado) deste endereço: 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

DEFICIENTE OU CORRUPTO!!!

Um dos grandes problemas em relação aos direitos dos deficientes físicos é a falta de colocação dos instrumentos que facilitem a vida dos mesmos. Entre esses instrumentos podemos citar desde a construção de calçadas, rampas, sinalizações especiais, ônibus adaptados, etc.

Nos estacionamentos públicos ou privados de supermercados, farmácias, shopping, etc é obrigatório se reservar vagas para cadeirantes e idosos. Mas para que isso funcione é necessário educação e respeito por parte da população não deficiente e que eles não ocupem essas vagas. O problema é que a falta de educação e descumprimento da lei é muito comum no dia a dia.

Para todos os eventos esportivos, teatrais, apresentações de filmes (cinemas) e shows de todas as espécies é obrigatório, por lei, se reservar algumas vagas para cadeirantes e na Copa do Mundo no Brasil não poderia ser diferente. Mas a falta de respeito pelas leis e a chamada esperteza de alguns brasileiros, não deficientes, para se conseguir assistir aos jogos foi registrada e mostra que ainda estamos muito longe de sermos o que chamamos uma Sociedade Civilizada!

Abaixo, algumas fotos que mostram flagrantes da esperteza e descumprimento da lei por parte de alguns ditos cidadãos:

Nesta foto um dos cadeirantes se levanta e invade o campo!
O que deveria ser cadeirantes assistindo o jogo em pé!!!!
Outro cadeirante!!!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Seed promove palestra sobre Crimes Cibernéticos para professores da DRE-8

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) promoveu na manhã desta quarta-feira, 4, uma palestra sobre Crime Cibernético: O impacto da internet nos Jovens e Adolescentes", para os professores da Diretoria Regional de Educação (DRE-8), que abrange as escolas da Grande Aracaju. A palestra foi ministrada pelo delegado Alessandro Vieira, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos. O evento ocorreu a partir das 9h, no auditório Professora Maria Hermínia Caldas, situado no Complexo Administrativo da Seed. A iniciativa foi do Núcleo de Tecnologia Educacional da DRE -8.

Durante o encontro, o delegado falou sobre diversos pontos importantes sobre as atividades criminosas na internet, como pedofilia, crimes contra o patrimônio, cuidados com o que se é postado nas redes sociais, span, entre outros. Ele destacou que os professores são o público mais importante, pois eles têm acesso a uma enorme quantidade de alunos. "Temos que trabalhar essa vivência do mundo digital de uma forma muito consciente e profissional, porque tudo o que se faz na internet gera uma repercussão de uma magnitude que não podemos prever na hora. Uma imagem que é postada ou uma frase mal colocada pode ser amplificada e gerar constrangimentos, além de repercussões criminais", explicou.

A técnica do Núcleo de Tecnologia Educacional (N-08), Maria Cândida Sampaio, que coordenou o evento, destacou que essa palestra tem como foco os professores, para que eles saibam como se proteger de algumas postagens ofensivas em redes sociais. "O professor está vulnerável a tudo e passa por certas dificuldades quando algum aluno acaba ofendendo nas redes sociais. É importante que o professor saiba como lidar com isso", disse.

O diretor da DRE-8, Everaldo Fontes, afirmou que os professores são formadores de opinião, e tanto eles quanto alunos interagem nas redes sociais. "Vir aqui um delegado de polícia especialista nessa área para conversar com os professores sobre os crimes mais comuns é algo interessante. As pessoas começam a perceber que são passíveis de serem penalizadas com esses crimes", afirmou.

Importância

Professores que participaram da palestra destacaram a necessidade de se ter essas informações para melhor trabalhar com os alunos. Foi o caso de Maria das Dores Santos, que ensina na Escola Estadual João Paulo II. Para ela, é necessário ensinar Às crianças desde cedo a utilizar essas ferramentas tecnológicas. "É preciso trabalhar com as crianças para ensiná-las desde cedo que a internet não é para uso apenas diversão, mas também de aprendizado, fazendo com que elas evitem também o acesso a certos sites que são impróprios para elas. É importante também que os pais saibam como a criança deve usar a internet", disse.

Já o professor Boni Guimarães Santos, que ensina no Colégio Estadual Professor Leão Magno Brasil, aproveitou a palestra para tirar suas dúvidas sobre compartilhamento indevido de fotografias pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. Para ele "crimes cibernéticos hoje em dia são algo muito corriqueiro, que acontece demais. Os jovens desde cedo estão procurando cada vez mais se informatizar".

WebRadio

Ainda durante o encontro, foi realizada a apresentação da WebRádio da DRE-8. De acordo com o técnico da DRE-8 Gilvan Rosa, o projeto se iniciou no Colégio Estadual Prof. Antônio Fontes Freitas, onde primeiramente foi montada uma rádio escolar, e que depois passou a ser uma WebRádio, transmitida através do sitewww.educar-arte.com.

"A iniciativa partiu dos alunos, e transmitimos desde músicas, programas e vinhetas, tudo voltado para a educação e saúde, além de diversas dicas sobre os mais variados assuntos", explicou. A expectativa é ampliar a atuação da WebRádio para outras escolas da DRE-8.








Texto replicado deste endereço:

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Certificados Prontos do Curso Holos

Para aqueles que participaram de algum curso, patrocinado pelo PROINESP (Programa de Informática na Educação Especial), pela DITE (CODIN—SEED),  doravante será utilizado este espaço para divulgação do que já estão com os certificados prontos. A cada turma que forem sendo liberados os certificados uma postagem será colocada.

Também será utilizado o Informativo PROINESP, para divulgação simultânea, da informação de liberação dos certificados.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

INSCRIÇÕES PARA CURSO DE CONSTRUÇÃO DE BLOGS

Disponibilizado inscrições para a uma nova turma para os dia 05,12 e 18 de junho de 2014, com carga horária de 20 horas (12 presenciais e 8 a distância),  será realizado no laboratório da DITE-CODIN-SEED-SE, com as aulas presenciais iniciando as 8:00h e se encerrando as 12:00h.
As vagas serão disponibilizadas para os professores, pedagogos e Coordenadores Pedagógicos da rede estadual de ensino, é exigido que a pessoas tenha conhecimento de informática básica e possua uma endereço eletrônico (email) da Gmail.  Caso não possua uma Conta do Correio eletrônico (email) do Gmail, você deverá criar uma antes do início  das aulas.
As inscrições poderão ser feitas enviando  mensagem eletrônica (email) para:
proinesp.seed@seed.se.gov.br
Antônio Carlos Vieira
Coordenador do PROINESP


Curso de construção de blogs


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I - Criando um blog a partir de um modelo

1- Criando uma conta no Gmail (se não possuir)
2- Escolha do modelo

II - Alteração e Estilização do layout do modelo

III - Criando e editando postagens

- Inserindo e alterando textos (postagens)
2 - Estilizando os textos (tipos de fontes, tamanho da fonte, cor da fonte)
- Inserindo vídeos
- Adicionando Links
- Lista Numerada e Lista com marcadores
6 - Alinhando textos

IV - Configurando o layout

- Tabela de seguidores
2 - Seguindo o blog por Correio eletrônico
- Relação das postagens mais lidas.
4 - Relação dos textos publicados
5 - Adicionando imagens
6 - Blogs que eu sigo
7 - Adicionando vídeos
8 - Inserindo Estatísticas
- Incluindo código HTML e Javascript

V - Como divulgar o seu blog

- Redes Sociais : Facebook, Google+, Sônico, etc
2 - Correio Eletrônico
3 - Compartilhando com outros blogs
- Grupos de discussões

VI - Critérios de certificação

1 - Frequência mínima de 80%
2- Elaboração e apresentação de um blog com os recursos instruídos no curso.

atenciosamente,

Antônio Carlos
Coordenador do PROINESP

CPqD lança app que ‘fala’ o que está na tela do celular a deficientes visuais

Principal ferramenta do aplicativo CPqD Alcance é o aviso sonoro. Outra função é a leitura de texto e lembretes de voz para o despertador.
CPqD lança app Alcance que, por meio de avisos sonoros,
informa a  deficientes visuais o que é exibido na tela de
 smartphones. (Foto: Divulgação/Google) 
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) lançou nesta terça-feira (3) o aplicativo CPqD Alcance, que facilita o uso de smartphones que rodam Android para pessoas que tenham algum tipo de deficiência visual.

Uma das ferramentas do app responsáveis por isso é o aviso sonoro para que os usuários saibam o que é exibido na tela dos aparelhos.

O app é voltado especificamente para celulares inteligentes que tenham telas sensíveis ao toque. O que ele faz é criar uma nova interface para facilitar a localização das funções em celulares como esse.

O CPqD Alcance divide a tela em seis áreas (atendimento de chamadas, configurações, envio de mensagens etc).

Quando o usuário pousa o dedo sobre o ícone, é informado por um aviso sonoro qual função selecionou. Para escolher um serviço, deve dar um duplo toque.

Outras funções do app são o despertador com lembrete de voz, sistema de localização facilitado e ajuda no deslocamento, além do tocador de música e do leitor de texto.

O aplicativo foi desenvolvido pelo Projeto VozMóvel, desenvolvido pelo CPqD e Centro de Prevenção à Cegueira (CPC), de Americana, no interior de São Paulo.

Para aperfeiçoar o app, deficientes visuais já testaram sua usabilidade. Segundo o CPqD, o aspecto mais importante trazido pelo app foi a autonomia em relação ao uso do smartphone, pois dispensam a ajuda de alguém.

Texto retirado na página do G1, neste endereço:
http://g1.globo.com/tecnologia/tem-um-aplicativo/noticia/2013/12/cpqd-lanca-app-que-fala-o-que-esta-na-tela-do-celular-deficientes-visuais.html

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Aberta Inscrições Para Curso CONSTRUÇÃO DE BLOGS

Aberta as Inscrições para o Curso CONSTRUÇÃO DE BLOGS. O curso será realizado nos dias 08/15 e 26 de maio de 2014, no turno da manhã;

O Curso será de 15(quinze) horas de aulas presenciais e 5(cinco) de aulas a distância.

As inscrições poderão ser feitas enviando mensagens para este email:

proinesp.seed.@seed.se.gov.br

Só poderão se inscrever os professores da Rede Pública Estadual de Sergipe


Curso de construção de blogs

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I - Criando um blog a partir de um modelo

1- Criando uma conta no Gmail (se não possuir)
2- Escolha do modelo

II - Alteração e Estilização do layout do modelo

III - Criando e editando postagens

1 - Inserindo e alterando textos (postagens)
2 - Estilizando os textos (tipos de fontes, tamanho da fonte, cor da fonte)
3 - Inserindo vídeos
4 - Adicionando Links
5 - Lista Numerada e Lista com marcadores
6 - Alinhando textos

IV - Configurando o layout

1 - Tabela de seguidores
2 - Seguindo o blog por Correio eletrônico
3 - Relação das postagens mais lidas.
4 - Relação dos textos publicados
5 - Adicionando imagens
6 - Blogs que eu sigo
7 - Adicionando vídeos
8 - Inserindo Estatísticas
9 - Incluindo código HTML e Javascript

V - Como divulgar o seu blog

1 - Redes Sociais : Facebook, Google+, Sônico, etc
2 - Correio Eletrônico
3 - Compartilhando com outros blogs
4 - Grupos de discussões

VI - Critérios de certificação


1 - Frequência mínima de 80%
2- Elaboração e apresentação de um blog com os recursos instruídos no curso.

atenciosamente,

Antônio Carlos
Coordenador do PROINESP

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Seed capacita professores para o uso do Livro Digital Acessível



A Secretaria de Estado da Educação (Seed), através da Divisão de Educação Especial (Dieesp), iniciou na manhã desta terça-feira, 15, a capacitação de professores de salas de recursos e professores que trabalham com alunos cegos em salas regulares para aprenderem a usar o programa Mec Daisy, que é o Livro Digital Acessível.

Ao todo, 19 professores estão participando da capacitação, que terá a carga horária de 20h, sendo realizada em três encontros presenciais na sede da Seed: o primeiro encontro nesta terça-feira, 15, o segundo no dia 22 e o terceiro no dia 29 de abril.

O Mec Daisy é uma tecnologia desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é distribuída pelo Ministério da Educação (MEC) nas escolas. A diretora da Dieesp, Maria Aparecida Nazário, destacou a necessidade de se realizar essa capacitação. "Esse curso vem dar mais subsídios para que nós possamos fazer o uso do Livro Digital Acessível, que está sendo distribuído pelo MEC, e para que o nosso aluno cego possa ter melhor acesso ao conhecimento", afirmou.

Capacitação

A capacitação está sendo ministrada pela professora Cristiane Oliveira, que trabalha no Colégio Estadual Professor Leão Magno Brasil. Ela vai ensinar aos professores, ao longo do curso, todas as funcionalidades do programa Mec Daisy, a fim de que eles possam transmitir esses conhecimentos aos alunos cegos. Ela ressaltou que com isso os alunos com cegueira poderão ter acesso aos livros didáticos e aos paradidáticos da literatura universal, como romances, poemas, crônicas e contos.

"Nós temos essa demanda nas escolas, temos esses alunos que precisam desse programa para poder ter acesso aos conhecimentos do ensino médio, e os professores agora vão saber como utilizar e passar esse conhecimento para os alunos", explicou.

Um dos participantes, o professor Jéferson Sotero Teles, trabalha em sala de recursos do Colégio Estadual Maria Conceição de Santana, em General Maynard. Ele também destacou a importância dessa capacitação. "Nós professores de salas de recursos temos diversas limitações. O braile, por exemplo, hoje em dia já está obsoleto. E com esse programa Mec Daisy teremos mais possibilidades para passar mais informações e conhecimentos aos alunos", afirmou.















TEXTO ORIGINAL NESTE ENDEREÇO:

terça-feira, 25 de março de 2014

TESTE DA ORELHINHA

O que é?
A Triagem Auditiva Neonatal é um exame que deve ser realizado já no 2º ou 3º dia de vida até 3 meses de idade em todos os bebês, conforme Lei nº 12.522 de 02 Janeiro de 2007. Utilizado para identificar bebês com deficiência auditiva e assim iniciar acompanhamento adequado.

Por que é importante?
A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias de monitoramento obrigatório (fenilcetonúria, hipotireoidismo).
Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos. Para os bebês de UTI neonatal, algum tipo de surdez varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos.
O problema consiste no diagnóstico tardio, quando a criança atinge 3 ou 4 anos e o desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem estão seriamente comprometidos. A criança cresce com dificuldade em ouvir ou se expressar e conseqüentemente em se socializar, dificultando a convivência com grupos de amigos.

Como é feito?
Ao contrário do “teste do pezinho” não é necessário fazer um furinho na orelha e é realizado em sono natural, demorando de 5 a 10 minutos, sem contra indicação e indolor.

Consiste na colocação de um microfone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade, recolhendo e registrando as respostas que a orelha interna do bebê produz.

Resultado negativo no primeiro teste não precisa preocupar os pais, pois o acúmulo de secreções no ouvido após o parto podem interferir no resultado do exame.

A criança deve então repetir o exame em um prazo de 15 a 20 dias. Se o resultado ainda for negativo, a criança deverá ser encaminhada ao otorrinolaringologista para exames mais específicos.


QUAIS SÃO OS BEBÊS DE RISCO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA?

História de surdez na família;
Infecção congênita (intra-uterina); Citomegalovirose, rubéola, sífilis, herpes genital, toxoplasmose;
Anomalias craniofaciais;
Peso inferior a 1.500g;
Hiperbilirrubinemia – icterícia (ou amarelão) com níveis altos de uma substância no sangue, chamada bilirrubina e o tratamento vai desde banho de luz até exanguíneo transfusão;
Medicação ototoxica – uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos;
Meningite bacteriana;
Boletim de Apgar menor que 3 no 1º minuto de vida e menor que 6 no 5º minuto de vida;
Ventilação mecânica por mais de 05 dias;
Algumas síndromes.

DICAS PARA OS PAIS

0 a 6 meses
Reconhece a voz materna;
Procura a origem dos sons;
O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos;

6 a 12 meses
O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado;
Localiza prontamente os sons e reage a sons suaves;

12 a 30 meses
Início da primeira palavra (mamãe, papai) até o uso de sentenças simples (dá bola);
Não incentivar o filho a falar errado, corrigindo-o naturalmente;

Um simples exame feito após o nascimento do bebê pode detectar se ele tem algum problema auditivo.

O tratamento precoce da surdez evita problemas de adaptação a sociedade

Também chamado de emissão otoacústica, o exame permite avaliar a adição do recém-nascido. O teste é indolor e mesmo os bebês internados em UTI podem passar por ele.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

quinta-feira, 13 de março de 2014

Empresa norte-americana cria relógio de pulso que pode ser usado por cegos

O sistema permite contar o tempo de forma tátil e visual

Relógio de pulso que usa ímãs e esferas metálicas para marcar o tempo é novidade nos Estados Unidos. O produto é voltado para todas as pessoas, incluindo deficientes visuais.

A empresa Eone Timepieces, de Washington, criou The Bradley e captou cerca de US$ 600 mil por meio de uma campanha feita no site de financiamento coletivo Kickstarter. O produto está em fase de pré-venda por US$ 155.

Segundo o Springwise, The Bradley conta com uma vantagem principalmente para deficientes visuais. O site destaca que com esse relógio, diferentemente de outros que 'falam' qual é a hora e podem não ser ideais para locais barulhentos ou públicos, como cinema, o usuário pode identificar pelo toque.

O relógio tem uma face de metal escovado e rolamentos de esferas metálicas que indicam a hora certa, um na parte da frente, como ponteiro de minutos, e um no lado, que mostra as horas.

Para dar nome ao produto, a empresa fez uma homenagem ao medalhista de ouro paraolímpico Brad Snyder, que foi tenente da marinha dos Estados Unidos e ficou cego após uma explosão no Afeganistão, onde servia. Snyder também é o garoto propaganda do relógio, pelo menos no site da Eone e na rede social.

Texto original neste endereço:
http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresa-norte-americana-cria-relogio-de-pulso-que-pode-ser-usado-por-cegos,3346,0.htm

sexta-feira, 7 de março de 2014

Anel digital lê livros para deficientes visuais

O anel foi desenvolvido por pesquisadores do Media Lab do MIT, além da ler em voz alta, ele é capaz de traduzir textos

Imagem do FingerReader em funcionamento
São Paulo – Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets, o MIT, criaram um anel que lê textos para deficientes visuais. O dispositivo deve ser de grande valia na ausência de material escrito em braile.

Chamado de FingerReader (Dedo Leitor), o anel deve ser usado de maneira que sua câmera fique virada para o papel. Ele percebe a movimentação do dedo e escaneia todo o espaço por onde o dedo se mover. A análise é feita em tempo real. Assim que o anel lê uma palavra, ela é anunciada em voz alta.

O aparelho ainda é um protótipo. A voz que faz a leitura não é muito fluida e o FingerReader em si é um pouco grande demais. Mas para uma primeira versão, ele está em um nível bem avançado. O dispositivo, muito inovador, entra na categoria de computação vestível.

O anel ainda auxilia o usuário com vibrações. Quando percebe que o final de uma linha está se aproximando ou quando o usuários começa a sair da linha, ele emite pequenas vibrações para avisar.

Segundo os pesquisadores do Media Lab do MIT, ele também funciona para a realização de traduções de textos.

Veja o vídeo do FingerReader abaixo:



Texto original : Exame Abril    Em nova janela

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ACESSIBILIDADE AO COMPUTADOR

Com a criação da informática e a popularização dos computadores foram abertos novos horizontes para acesso a informação por toda a humanidade. Só que para acessar essa tecnologia teve que se criarem condições (tecnológicas e sociais) para facilitar o acesso e uso dos equipamentos atualmente existentes.

Os vários recursos de acessibilidade ao computador podem ser classificados da seguinte maneira:

• Interfaces de Entrada (Input) e Interface de Saída (Output);
• Recursos de hardware e Software;
• Recursos externos – adaptações aplicadas no hardware;
• Recursos mobiliários;
• Órteses.

INTERFACES DE ENTRADA (Input)

Todas as interfaces de entrada são compostas de hardware acompanhada de seus respectivos programas (software/drive) que permite ao usuário introduzir conteúdos e comandos no computador.

As principais interfaces de entrada são os teclados e os mouses.

Normalmente o teclado requer o uso dos dedos para digitação. Em casos de pessoas com problemas funcionais nas mãos, existem diferentes modelos disponíveis no mercado, que oferecem boas alternativas funcionais com adaptadores para acesso e digitação pelo mesmo.

O mouse é utilizado se movimentado para os lados desejado onde o paralelamente é movimentado um curso no monitor (onde será efetuada a operação desejada) que é acionado com o clique.

Outras interfaces de entrada são: escâner, Câmera Digital e o microfone.

INTEFACES DE SAÍDA
As interfaces de saída compõem-se de hardware (equipamentos) de software (programas) que permitam ao usuário receber o resultado da produção de dados gerados no computador.
As diversas interfaces de saída são: monitor, placa de som com alto-falantes, impressora e projetores de imagens.

INTERFACES DE ENTRADA E SAIDA.
Todos os dispositivos que gravam dados são considerados dispositivos de entrada e saída. Entre os dispositivos de entrada e saída os mais comuns são: disquetes, CDs, discos rígidos (HD) e os pendrives. 

Como exemplo de funcionamento de um dispositivo de entrada e saída (ao mesmo tempo) vamos observar o funcionamento de um CD. Quando se está gravando um CD estamos realizando uma operação de saída de dados e se você estiver utilizando um Cd para a instalação de um programa ou introdução de um arquivo de texto no computador o mesmo está sendo utilizado como uma interface de entrada de dados.

TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA)
A Tecnologia Assistiva, também chamada de “Acessibilidade ao Computador”, oferece uma variedade de ferramentas que possibilitam que as pessoas com deficiência utilizem o computador de forma eficaz e independente.
Atualmente a TA oferecem uma gama de “recursos de acessibilidade ao computador” que facilitam a avaliação e uso dos equipamentos, mais adequados a cada necessidade, que tem por base o conhecimento do usuário, do seu potencial funcional e conhecimento dos recursos.

Para uso e acessibilidade ao computador são oferecidos uma variedades de interfaces de entrada (input) e de saída (output), para facilitar a possibilidade de se utilizar o computador de forma eficaz e independente.

Hardware (equipamentos) e software (programas) sofrem adaptações para possibilitarem a utilização do computador, de forma independente, como teclados expandidos ou reduzidos, colméias, teclados programáveis e teclados virtuais com varredura, acionadores diversos, entre outros. Os dispositivos poderão ser sonoros ou táteis (para deficientes visuais) ou representativos de sons (para deficientes auditivos).

O USO DO TECLADO
Para pessoas com deficiência, para o uso do teclado convencional, geralmente são feitos adaptações com outros acessórios. Entre os principais exemplos podemos destacar:

Ponteiras ou órtese para digitação: haste de material variado com uma extremidade emborrachada e que é fixada em uma parte do corpo do usuário que pode ser a mão, o punho, a testa ou a boca. 

Colméia: superfície de material rígido e perfurado, confeccionado usualmente em chapa de acrílico transparente, plástico ou metal, que funciona como limitador de movimento. é.da sobre o teclado convencional, tendo uma perfurações coincidentes às teclas do mesmo

Apoio de mão/punho: almofadas de dimensões, variadas, para posicionar corretamente ás mãos e dedos com relação ao teclado. Ajudam a prevenir a fadiga e minimizam os esforços desnecessários, que podem levar as lesões por esforços repetitivos (LER).

Adesivos: etiquetas auto-adesivas que apresentam letras e sinais grandes e em cores constantes, aplicadas sobre as tecla e utilizadas para melhorar a percepção visual das mesmas.

Recursos de software: programas que integram o sistema operacional do computador e/ou vendidos separadamente, que adicionam funções ao sinal gerado pelo teclado em seu caminho de processamento. Inclui a filtragem de teclas e toques indesejados, controle sobre repetição de pulsos em pressionamento prolongado, teclas aditivas que permitem o pressionamento seriado em substituição ao pressionamento simultâneo de teclas para gerar outras funções ou simplesmente para gerar letras em maiúsculas.

Ajustes no editor de texto: alguns editores de textos possuem “auto-correção” onde poderemos trabalhar com abreviaturas e expansão automática, tornando a digitação mais rápida.

OS TECLADOS ALTERNATIVOS
Os teclados alternativos são teclados com teclas ou chaves dimensionadas em tamanhos variados, segundo a necessidade do usuário. São classificados em teclados expandidos, reduzidos e emuladores de teclados ou simplesmente teclados com design diferentes.

Teclados expandidos: possuem a área das teclas aumentadas e dispostas livremente, tanto em posição quanto em reação ao toque, teclados de diferentes modelos disponíveis no mercado, que oferecem boas alternativas funcionais.

Teclados reduzidos: dispositivos com poucas teclas onde o pressionamento múltiplo e seqüencial de teclas pode gerar toda a gama de caracteres. Outros teclados reduzidos poder ser constituídos apenas por teclas minimamente necessárias para determinado fim.

Teclados com design diferenciados: teclados de diferentes modelos disponíveis no mercado, que oferecem boas alternativas funcionais.

Emuladores de teclado: software que faz o computador “achar” que está conectado a um teclado convencional e reage como tanto.

Teclados virtuais: software que gera na tela do computador a imagem de um teclado, onde as teclas são acionadas via varredura ou por seleção direta pelo dispositivo apontador (mouse e outros). Dependendo do fabricante, a disposição da tecla é programável, gerando-se assim padrões de disposição e conteúdo de acudo com cada necessidade específica do usuário.
Esse recurso ainda pode ser usado como recurso de comunicação alternativa, pois pode, em alguns casos, gerar pranchas de comunicação na tela do computador. No caso de usuários com deficiências físicas, associadas à baixa visão, poderemos dispor de teclados com varredura auditiva, onde as letras são ouvidas, uma a uma, e o acionador é pressionado após escutarmos aquela que desejamos digitar.


Reconhecimento de voz: Sistemas de hardware e software integrados, que permitem ao computador “entender” a voz humana. Permitem o usuário não só comandar o computador como também substituem totalmente os teclados de qualquer natureza, pois permitem a digitação em editores de texto diretamente a partir do ditado. Compõem-se de um microfone, placa de áudio (normalmente é utilizado a placa de som integrada ao computador) e um software muito complexo de decodificação sonoro/fonética. Este recurso ainda apresenta dificuldades para o uso em indivíduos com disartria, pois sendo sua pronuncia irregular, o banco de fonemas gerado pelo usuário no programa não decodifica todas as variantes sonoras dos mesmos. 

Telas de toque e tables: são periféricos feitos de material transparente, de vidro ou plástico aplicado diretamente sobre a tela de monitor. Possuem a característica de receber o toque em sua superfície e gerar um sinal ao computador, que posiciona espacialmente as coordenadas deste na tela do mesmo, executando a função clique exatamente no local da tela onde o dedo está. É uma interface muito intuitiva, pois apresenta um modo muito natural e direto de interação entre o usuário e o computador. Esta tecnologia é bastante comum em terminais bancários onde o comando ao computador é realizado diretamente sobre o monitor. No caso de substituir a função do teclado convencional, a tela de toque deverá ser acompanhada por teclado virtual.

Tablet ou mesa digitalizadora: funciona similarmente à tela de toque, porém é mais robusto quanto a resistência mecânica. Não é transparente, pois é usado sobre a mesa de trabalho. Em sua superfície podem ser programadas diferentes funções, desde teclados programáveis via software a simples entrada de toques curtos ou contínuos para desenho e escrita diretos na tela do computador. No caso de indivíduos cegos, pode-se criar teclados com áreas em Braille e outras atividades específicas, onde são colocados em sua superfície objetos concretos, que quando pressionados, permitem uma série de reações do computador. Os tablets são muito utilizados nos computadores portáteis com substitutos ao mouse. Podemos ainda citar as “base sensíveis ao toque”, em que existem teclas mecânicas e onde determinados “comandos” em pontos diferentes desta base, desenhando assim teclado pretendido, que obedecerá a cor e tamanho de letras, de acordo com a habilidade motora e sensorial visual do usuário. A programação desta base depende de software específico.

DISPOSITIVOS APONTADORES
(mouses, joystiques e emuladores)
Mouses convencionais dispositivos que permitem a interação do usuário com a interface gráfica geradas pelos programas de computador. Integram a codificadores que transformam os movimentos de uma esfera em contato com a superfície de trabalho em sinais elétricos. O resultado é a movimentação de um cursor na tela do computador, que acompanha a movimentação do mouse. Estes ainda possuem 2 ou 3 botões de acionamento para dispara as ações requeridas durante a interação com o programa. Igualmente aos teclados, estes dispositivos são encontrados ao computador através de um cabo, mas também nesta área encontramos novos dispositivos que se comunicam através de luz infravermelha.

Mouse tipo trakball: apresenta a mesma função de um mouse convencional, diferindo-se, porém, pelo arranjo físico de seus elementos. Neste recurso, muito indicado para indivíduos com dificuldades motoras, a esfera possui um tamanho maior e é colocada no topo do dispositivo, sendo que o usuário deverá rolá-la para movimentar o cursor na tela. O corpo deste recurso permanece estático sobre a mesa de trabalho.

joystick: idem aos mouses anteriores quanto ao funcionamento. A diferença está no fato de não possuir esfera de movimento e sim uma haste, normalmente com forma de empunhadura, que aciona micro-chaves ligadas ao circuito codificador de movimento. A maioria possui um botão central em forma de gatilho para acionar jogos e outros programas apresentados no computador. Existem joysticks especiais para pessoas em deficiência, projetados para serem usados com o queixo ou punho do usuário que ao invés do gatilho apresentem um botão no topo da haste.

Apontador por luz são dispositivos de hardware que trabalham com emissão ou reflexão luminosa, normalmente na faixa do infravermelho e posicionado na cabeça do usuário ou outra parte do corpo com controle motor. Uma parte do mesmo fica perto ao monitor e outra junto ao usuário. Um software detecta o movimento gerado pelo usuário e movimenta o cursor na tela do computador. Modelos mais recentes reduziram a parte que fica junto ao usuário a um simples ponto material reflexivo e auto-adesivo do tamanho de um pequeno botão de roupa. O sistema funciona pela reflexão causada por este ponto ao hardware emissor/receptor instalado no computador.

Emuladores de mouse como nos teclados, os dispositivos apontadores também possuem emuladores. Existem programas que criam áreas sensíveis sobre programas existentes, que são visualizados posteriormente e acionadas através de um comando único. Outros emuladores geram linhas que percorrem a tela, sendo possível acessar qualquer parte da mesma através de um cruzamento horizontal/vertical, acionando-se dessa forma os comandos necessários.

Software de varredura: A varredura na tela faz uma seleção automática, programável e seqüencial de pontos, que são destacados visualmente e/ou por retorno auditivo. O clique será feito através de acionadores colocados em uma parte do corpo onde há eficiência e controle para possibilitarem criar e aplicar pontos de varredura automática sobre software convencional. Desta forma, poderemos adaptar um software educacional, por exemplo, para que seja utilizado por alunos com deficiência física impedidos de utilizar o mouse convencional.

Movimento ocular: Este tipo alternativo de mouse capta o movimento dos olhos e a sustentação do olhar em um ponto do monitor, determina a ação clique do mouse.

Chaves setas e chaves clique: Existe a possibilidade de se obter a função “deslocamento de cursor”, “clique” e “duplo clique”, através de chaves ou acionadores dispostos em area de fácil acesso ao usuário, cada uma identificada com uma das funções do mouse. Existem também mouses que são projetados como botões a serem acionados nas distintas funções de movimento e acionamento. Seguindo este mesmo principio, o teclado numérico convencional pode ser transformado (em opções de acessibilidade do windows) em mouse de teclas.

Tela de toques: A tela de toque, já citada como alternativa de teclado ao ser associada ao teclado virtual é indicada na substituição do mouse, quando o usuário possui a habilidade de levar seu dedo ao monitor. Neste caso trabalharemos para identificar uma boa disposição do monitor relativa a altura e proximidade do usuário. A tela de toque também é bastante indicada para crianças pequenas e para aquelas que apresentam uma dificuldade inicial de perceber que o movimento da mão é que desloca o cursor (no caso de deficiência mental). O sucesso inicial e sua competência em interagir com o computador serão importantes para os desafios que se sucederão no aprendizado do uso do computador.

Mouse adaptado: mouse comum que recebe um ou dois plugues, para que o clique dos seus botões possa ser gerado através de chaves acionadoras conectadas aos plugues. O mouse adaptado e o acionador deverão ser utilizados com programas que possuam a função do clique, como no software de apresentação, ou aqueles com função de varredura.

ACIONADORES
O objetivo deste recurso é proporcionar um pulso elétrico que permitirá comandar uma série de programas do computador entre outros dispositivos. Os mais simples são construídos com chaves elétricas do tipo NA (normalmente abertas), montadas em caixas plásticas de formato anatômico ou em outros arranjos mecânicos. Os acionadores podem ser classificados quanto ao seu modo de funcionamento, que revelam sua complexidade construtiva. Neste caso temos os acionadores de toque que funcionam por pressionamento, por tração, por toque com alta sensibilidade, pelo piscar dos olhos, pelo sopro ou vácuo, detecção de contração muscular, entre outros. seu formato é muito variado e também dispõe-se de suportes e outros arranjos mecânicos de fixação para que o usuário os possa utilizar de maneira confortável e eficaz.
Os acionadores, usando usados nos computadores, necessitam de programas com varredura que transformam pulsos elétricos simples em ação selecionada.

Construindo um acionador de baixo custo

Podemos construir um acionador utilizando um álbum de fotografias pequeno e com capa dura. Retiramos de seu interior as páginas para fotografias e colocamos uma estrutura de E.V.A (emborrachado) ou de espuma com boa densidade (fotos a seguir). Deve-se criar um espaço para colocação do mouse convencional, de forma que ele fique imóvel no interior do mesmo. Na tampa do álbum colaremos um pequeno pedaço de E.V.A exatamente no local que tocará a tecla esquerda do mouse. Ao baixarmos a tampa e realizarmos uma pequena pressão, o clique do mouse será ativado.

ALTERNATIVAS ÀS INTERFACES DE SAÍDA “OUTPUT”.

PROMOVENDO ACESSIBILIDADES
Alternativas para interfaces de saída serão importantes para usuários com deficiência sensoriais visuais e/ou auditivas.
No caso de pessoas com baixa visão ou cegas devermos buscar alternativas que facilitem a recepção das mensagens contidas no monitor. Uma opção simples, e que poderá auxiliar as pessoas com baixa visão, será aumentar a fonte no editor de texto. A programação da cor de fonte em contraste com o fundo poderá também trazer um resultado positivo e possibilitar melhor visualização do usuário. Software com a função de “lente” pode ampliar a imagem do monitor no ponto onde se localiza o cursor. Desta forma, não somente a fonte, mas os indicativos de “barra de ferramentas” e demais imagens serão ampliadas.
No caso de pessoas cegas uma opção será o software que realiza a leitura do conteúdo expresso no monitor bem como de todos os comandos a executar ou executados pelo usuário e, neste caso, o retorno será sonoro, por meio da caixa de som. O software leitor de texto facilitará o aprendizado da digitação, pois confirmará, de forma audível, qual foi a tecla pressionada no teclado.
Uma alternativa de saída para textos é a “linha Braille” que é um equipamento onde os pontos de Braille emergem dele e forma o texto, percebido então pelo usuário atrae do tato.
A impressora Braille é também um dos recursos de tecnologia assistiva que favorece a recepção do texto pelo usuário cego.
No caso de usuários surdos poderemos encontrar software que transforma indicadores sonoros em sinais ou alertas visuais. Um exemplo é a indicação da ativação da tecla Caps Lock, que podemos ter como uma opção, neste caso, o indicativo passa a ser visual , com sinais que piscam no monitor.


CONCLUSÃO
A informática acessível especifica da tecnologia assistiva de grande importância no meio educacional. Através do computador o aluno com deficiência poderá ter acesso e produzir conhecimento e expressão.
Será no espaço reservado ao atendimento educacional especializado, em salas de recursos ou instituições de educação especial, que prestam este serviço, que o aluno será avaliado. Ali, terá a indicação de qual o melhor recurso atenderá suas necessidades a fim de garantir-lhe a autonomia na utilização do computador. Neste espaço, identificado com um laboratório ou sala de informática acessível, o aluno terá a disposição vários equipamentos para experimentar e adaptações poderão ser desenvolvidas para atender suas necessidades especificas. Sua freqüência regular facilitará o aprendizado e o domínio da informática acessível que deverá também ser transferida para a sala de aula e/ou casa, conforme a necessidade individual do aluno e seu nível de demanda para escrita e comunicação através do computador.
Parcerias entre a saúde/reabilitação e educação certamente qualificarão este serviço de tecnologia assistiva na escola.
São princípios da avaliação de um serviço de tecnologia assistiva a verificação das competências sensoriais e motoras dos usuários da tecnologia e estas serão observadas através de provas sensoriais e motoras contextualizadas. Procuram-se saber qual a parte do corpo onde ele apresenta maior controle motor, suas habilidades visuais e auditivas.
Além de conhecermos o usuário, seus interesses e potencial funcional são imprescindíveis a constante pesquisa e atualização sobre os recursos de acessibilidade hoje disponível. A internet tem sido uma importante fonte de conhecimento nesta área, além do referencial bibliográfico sobre o tema.
Devemos estimular a pesquisa da informática acessível no campo da educação brasileira, pois se trata de uma área nova de atuação, agora fortalecida e necessária, a partir da política e proposta de se efetivar a educação inclusiva em nosso país.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Anson, D.K. (1997) Alternativas Computer Acess – A guide to Seletion. Filadelfia, pa. f. ª Davis Company.

Church, g. & Glennen s. (1991) The Hand/book of Assitive Technology. San Diego, California. Singular Publishing Group.

Cook A. M. & Hussey S.M. (1995) Assistive Technology Principles and Pratices. St. Louis, Missouri. Mosby – Year Book, Inc.

King, T. (1999) Assistive Technology – Essencial Human Factors. Needhtam Heights, M.a> Allyn and Bacon.